segunda-feira, 5 de março de 2012

                    Análise semântica da música "Que país é esse?" na perspectiva da pragmática.

  Antes de tudo, é necessário analisar o contexto (tempo, situação, fato ocorrido...)

“Nas favelas, no senado. Sujeira pra todo lado.”
       Nesse caso, há ambiguidade. Já que o locutor sabe o que quer propor. Mas, o interlocutor pode interpretar de duas maneiras. Pois, para Luciano Amaral a ambiguidade é um fenômeno de mão única.

“Ninguém respeita a Constituição. Mas todos acreditam no futuro da nação.”
         Nesses trechos há um fenômeno denominado vaguidade. Pois, o interlocutor não sabe ao certo de quem se trata o “ninguém” e o “todos” a partir do ponto de vista do locutor.

"Que país é esse? Que país é esse? Que país é esse?”
 Do ponto de vista estritamente linguístico o autor estaria apenas perguntando em que país está. Mas, ao analisar-se o contexto social do país na época em que a letra foi composta e o restante da canção percebe-se que o que, efetivamente, o autor quis dizer foi que o Brasil é um país em que há muita “sujeira” e falta de muitas coisas essenciais.

“No Amazonas, no Araguaia iá, iá, na baixada fluminense. Mato grosso, Minas Gerais e no Nordeste tudo em paz.”
  Encontra-se nesse trecho um dos “Atos de fala” de Austin. O “ato perlocucionário” que tem o objetivo de se dizer algo com o propósito de produzir algum efeito no interlocutor pelo fato de se dizer algo.

"Mas o sangue anda solto.”
O interlocutor percebe a ambiguidade pelo contexto da ditadura.

“Mas o Brasil vai fica rico, vamos faturar um milhão. Quando vendermos todas as almas dos nossos índios num leilão.”
É interessante analisar o contexto de decadência que se encontrava o Brasil naqueles anos.

Discentes: Ana Carla, Andréia, Denise, Érica e Gersica.

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