quarta-feira, 28 de março de 2012

Seminário Interdisciplinar de Pesquisa - SIP 2011.2


Avaliação

 

Por Adelmo Ferreira de Abreu

Nos dias 21, 22 e 23 de março de 2012 aconteceu na UNEB (Universidade do Estado da Bahia) a apresentação dos trabalhos do final do semestre (SIP) dos alunos do curso de letras (1º, 3º, 5º e 7º semestres). Fiz questão de assistir todas as apresentações para poder ao final fazer esta avaliação.
Como não poderia deixar de ser inicio esta avaliação falando da direção da UNEB, visto que um evento, que deveria ser considerado importante para a instituição, por mostrar aquilo que seus discentes vêm produzindo ao longo do semestre, constatei um desrespeito com o evento e com os alunos, pois já no primeiro dia das apresentações, as quais deveriam acontecer no auditório, foi deslocada para acontecer numa sala de aula minúscula, para ceder o auditório para um evento político de última hora. Outra falta da direção foi por parte da diretora que não assistiu a nenhuma das apresentações, esta participou apenas da abertura do evento. Qual o valor que a diretora está dando ao evento? E como ela pode pedir para que os alunos e professores compareçam a todas as apresentações se ela mesma não assiste a nenhuma?

No primeiro dia estava programada a abertura do evento e mais cinco apresentações dos trabalhos dos alunos e sem nenhum aviso aos participantes das apresentações foram adiadas para o dia 23 a tarde. Sendo que, nós alunos, chegamos para assistir ao evento, o qual encerrou apenas com a palestra do professor André, por volta das 21:40, e tivemos que esperar até as 22:40 pelo ônibus, mais uma falta com os alunos que foram prestigiar o evento.

No dia 22 pela manhã, depois do improvisar local para as apresentações, percebi uma falta de entrosamento dos professores da banca que chegaram a discutir, durante suas avaliações.

No papel de aluno do primeiro semestre pretendo aqui fazer uma avaliação individual de cada professor que fez parte da Banca avaliadora.

Iniciando pelo professor Robério Barreto que foi meu orientador, este talvez pelo excesso de compromissos, só ficou no evento até as 12:30, não assistindo todas as apresentações das quais seu nome constava na banca. Mas gostei de sua atuação como avaliador, pois se mostrou preparado e fazia colocações sabias, no intuito de contribuir para o crescimento do aluno, ao mesmo tempo em que tinha a humildade de dizer que não entendia do assunto logo não podia opinar.

O professor Marielson Carvalho este mostrou desconhecimento das coisas que acontecem dentro da UNEB, pois suas críticas em alguns momentos foram infundadas. Vou citar como exemplo a apresentação de meu grupo, a qual ele disse que o resumo estava muito grande, sendo que este foi feito com base nas orientações que tivemos da professora de SIP. Que nosso trabalho não foi correto por não ter sido um resumo de uma obra que partimos logo para um artigo que é um trabalho futuro, quando na verdade não diz no regulamento do SIP que o resumo tem que ser obrigatoriamente de um livro e a professora de SIP não nos disse que não podia partir logo para um trabalho de iniciação científica. Deu-nos uma nota medíocre, quando outras apresentações que o resumo não seguia as normas da ABNT, como, por exemplo, citação no meio do resumo, dividindo o resumo em duas partes, obtiveram notas bem melhores.

O professor Joabson Figueiredo, este só posso dizer dele o que aconteceu com quase todos os demais professores, que só apareceu nas apresentações que seu nome constava na banca examinadora, foi breve e coerente em suas colocações.

O professor Felipe Serpa, não sei se por descuido ou por está muito acarretado por estar a frente do evento, cometeu, ao meu ver, uma falta grave, pois deu nota máxima ao trabalho de seus orientandos que fez um resumo em três parágrafos, desrespeitando as normas da ABNT. Mas suas colocações, como participante das bancas, foi breve e direto no intuito de contribuir com o crescimento do aluno.

A professora Kátia Leite, a qual tive o prazer de conhecê-la apenas atuando na banca, gostei bastante de suas colocações. Colocações curtas e diretas, mostrando os pontos positivos e negativos dos trabalhos dos alunos.

A professora Hilderlândia parecia está com uma fala ensaiada, pois falava quase sempre a mesma coisa em todas as apresentações “seu tema é muito interessante...”.

O professor Orlando Freire fez algumas colocações interessantes no sentido de contribuir com um aprofundamento maior por parte dos alunos, indicando novas bibliografias, mas sua fala foi breve e direta, uma característica desta banca formada por ele, Hilderlândia Santos e Kátia Leite.

A professora Márcia Regina foi muito rigorosa com suas orientandas, as quais obtiveram uma excelente nota da banca e uma nota medíocre de sua orientadora. Se o trabalho não estava tão bom cabia a ele pedir que as orientandas o melhorassem. Mas suas participações como avaliadora foram bem fundamentadas.

O professor André, falo sinceramente, gostaria de tê-lo numa banca, avaliando um trabalho de meu grupo, pois o mesmo mostrou se muito preparado e interessado em que o aluno aprenda e busque novos horizontes na construção do conhecimento.

O professor Fabrício Oliveira não compareceu ao evento, apesar de considerá-lo um bom professor, sua contribuição como orientador, não ajudou muito suas orientandas, uma vez que as meninas do grupo de Ana Carla ao invés de fazerem um resumo fizeram uma resenha.

A professora Guilhermina Souza também não compareceu ao evento e desta eu não posso falar nada, pois não a conheço.

A professora Maria Aurinívea teve uma participação discreta, com colocações rápidas e no intuito de contribuir para um maior aprofundamento dos alunos.

Deixei de propósito a professora Lucileide David para o final por ter sido ela nossa professora da disciplina de SIP. Ela apareceu no primeiro dia de aula e ministrou uma aula que ficou na saudade, isso mesmo ficou na saudade, pois foi a única aula que ela deu de verdade. Parecia ser a melhor professora do semestre e terminou sendo a pior. Gostaria de dizer aqui que suas críticas ao professor Robério Barreto não tem fundamento, pois ao contrário dela este é preparado e fala com convicção e se prepara para chegar à sala de aula e tirar todas as dúvidas dos alunos. Com relação ao evento não tivemos a (des)honrra de sua presença, pois a mesma não compareceu nem mesmo no último dia no qual seu nome fazia parte da banca. Fechou o semestre sem nenhuma surpresa, pois ao longo do semestre ela já havia mostrado uma verdadeira falta de compromisso e respeito com os seus alunos. Sua contribuição com o SIP foi totalmente equivocada, pois chegou ao ponto de nos orientar a colocar uma citação no resumo o que contraria totalmente as normas da ABNT.


Portanto o evento SIP da UNEB precisa melhorar bastante, tanto por parte da direção como também por parte dos professores e alunos. Tenho quase certeza que fui o único que assistiu todo o evento. E pude observar que falta compromisso de todos, para fazer com que o evento se torne digno de construção de conhecimento. Para isso é preciso que conte com a participação da maioria dos alunos, dos professores e da direção da UNEB, em todos os momentos do evento e não apenas no momento em que seus nomes fazem parte do momento.

quinta-feira, 22 de março de 2012

  como saber quais são os verdadeiros professores leitores se eles chegam na sala com um discurso pronto de decadas, em sala de aula e agem como algo mais normal do mundo.

 .

Érica de souza

Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.
Carlos Drummond de Andrade 



                                                                Valdilha Alves

vale a pena vc ler e descobrir se o que vc sente é amor de vdd.


O amor, segundo Drummond

quarta-feira, 6 maio 2009
O amor
Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção. Pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e neste momento houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante e os olhos encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente divino: o amor.
Se um dia tiver que pedir perdão um ao outro por algum motivo e em troca receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil palavras, entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.
Se por algum motivo você estiver triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa sofrer o seu sofrimento, chorar as suas lágrimas e enxugá-las com ternura, que coisa maravilhosa: você poderá contar com ela em qualquer momento de sua vida.
Se você conseguir em pensamento sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado… se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados…
Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite… se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado…
Se você tiver a certeza que vai ver a pessoa envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção que vai continuar sendo louco por ela… se você preferir morrer antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida. É uma dádiva.
Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro. Ou às vezes encontram e por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.
É o livre-arbítrio. Por isso preste atenção nos sinais, não deixe que as loucuras do dia a dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: o amor.
Carlos Drummond de Andrade  




postado por Valdilha Alves 

quinta-feira, 15 de março de 2012

               A VIDA CONTINUA

Quando todos os seus sonhos parecerem perdidos,
encontre novos motivos para ser feliz.
Viva novos sonhos e conquiste novas conquistas. 
Não baixe a cabeça! Não permita que ninguém
diga que você não é capaz, acredite você pode!
Sonhos são perdidos, sonhos são conquistados.
O que você não pode esquecer, é que a vida continua
e que precisamos de novas conquistas  para que a vida
tenha sempre um novo sentido.

Maguinólia Lopes


Não adianta!

Não adianta escrever se ninguém vai ler, não adianta ler se não escrever depois, para quem eu vou escrever?
se como diz o povo, brasileiro não ler, eu diria mais universitário também naõ. E meus professores, será?


Érica de Souza.

parte do trabalho semântica na música


A Semântica na música


parte do trabalho realizado na aula de significação e contexto pelo docentes:

Discentes:
Maicon
Leandro
Ronaldo
Rafael
Ivanei



Astronauta de Mármore
Nenhum de nós
A lua inteira, agora é um manto negro, ôôô
No fim das vozes no meu rádio, ôôô
Num escuro deserto no céu
Quero um machado, pra quebrar o gelo
Quero acordar de sonho, agora mesmo, ôõô
Quero uma chance de tentar, viver sem dor
Sempre estar lá, e ver ele voltar
Não era mais o mesmo, mas estava em seu lugar
Sempre estar lá, e ver ele voltar
O tolo teme a noite, como a noite vai temer o fogo
Vou chorar sem medo, vou lembrar do tempo
De onde eu via o mundo azul
A trajetória, escapa o risco nú, úú
As nuvens queimam o céu anis, azul ùù
Desculpe estranho, eu voltei mais puro de céu
A lua, o lado escuro é sempre igual
No espaço, a solidão é tão normal
Me sinto estranho, eu voltei mais puro do céu
Sempre estar lá, e ver ele voltar
Não era mais o mesmo, mas estava em seu lugar
Sempre estar lá, e ver ele voltar
O tolo teme a noite, como a noite vai temer o fogo
Vou chorar sem medo, vou lembrar do tempo
De onde eu via o mundo azul

O que fez a musica funcionar?

Essa musica foi composta originalmente pelo musico David Bowie em 1971, época da psicodelía, em que o uso do LSD estava muito grande.

A letra pode ser algo simples, mas analisando semanticamente,
A música conta o problema que um homem teve com as drogas. E a sua saída dele através da fé em algo superior. A volta do espaço trouxe a ele uma nova visão do homem e de sua importância. A letra faz alusões poéticas à droga e seu uso e este caminho de redenção que o “astronauta” no caso encontrou".
Vejamos:

         No primeiro parágrafo o personagem mostrasse no efeito de drogas e relata uma visão, só que depois ele se sente arrependido e que sair daquela situação pois a única maneira dele se sentir bem é através desse consumo.

         Logo no segundo parágrafo ele se lembra do passado quando tudo era bom pra ele.

         No terceiro parágrafo ele se mostra recuperado e conta para alguém suas experiências depois de ter saído daquela fase de dor onde as drogas era sua cura.

Postado por: Maicon M. Matos

Agora e não depois

Prefiro que  diga o que sente por mim agora que estou  vivo, do que ouvir um grande lamento porque não me disse a tempo .valorize as pessoas que estão a sua volta .Ame-as , respeite-as ,lembre-se delas... Enquanto estão vivas.
Vilma Oliveira Santos.

postado por Gersica Bastos Rocha

                         Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.

Rubem Alves

Seja paciente

Saiba dar um passo de cada vez.Seja gentil com sigo mesma e com as pessoas á sua volta , porque tudo é parte  do processo de conquista de seus objetivos.
Vilma Oliveira Santos

Hoje e não amanhã

Prefiro que partilhe comigo uns poucos minutos agora que estou vivo, e não uma noite inteira quando eu morrer.
Prefiro que aperte suavemente a  minha mão agora que estou vivo, e não apoies o teu corpo sobre mim quando eu morrer.
autor desconhecido.
Vilma Oliveira Santos.

Gersica Bastos Rocha

"A língua é um organismo vivo, sempre em evolução.
Quando aparece em formas literárias,surge a gramática.
Esta é, pois, posterior. O seu papel é o de disciplinadora,
para que a linguagem não se abastarde em desleixos e impurezas.
Deve, porém, ser clara. As ideias têm que se apresentar de cara lavada.
As sociedades também preexistiram à lei.
A  lei é posterior. Mas as sociedades têm que ser diciplinadas pela lei."


Olavo Bilac

quarta-feira, 14 de março de 2012

Apenas um grão de areia...

Olhando o mundo pela minha janela,
Eu percebo a minha pequenez!
Sou apenas um grão de areia,
Comparado à imensidão
Que meus olhos contemplam!

Iara Diane Souza

Gersica Bastos Rocha

Quando tudo nos parece dar errado
Acontecem coisas boas
Que não teriam acontecido
Se tudo tivesse dado certo.
Renato Russo



Certas Lembranças

                                               Certas Lembranças

Somos a influência do amor
Extraidos da complexibilidade dos fatos.
Nossas sensações são consequentes
Da paixão que flui de certos atos.

E o nosso peito,
A duvidar de cada sentido,
sem perceber o quanto
É flexível um amor partido.

Rústicas promessas da esperança,
E esta inócua presença de melodia,
A transformar os sonhos da noite
Na realidade distante de nosso dia.

Raquel Miranda
escrito por Moacir Eduão

Liberdade- me não!

                                         Liberdade -me Não!
escrito por Moacir Eduão
Raquel Miranda

Não quero para mim a liberdade.
se eu for livre e eles não,
Não vou escrever e eles vão;
se estiver preso e eles libertos,
vou escrever e eles não.

De que me serve estar solto e eles não?
para quem ler o que escrevo?- A solidão?
Quero mesmo é estar ligado á prisão.
Ficaram sem ler?-Eles não!

A poesia sairia? Não.
sou libertino e eles não.
sou um poeta e eles não,
Mas eles vivem e eu não.

Desde a alforria até então,
Liberdade gera algum sermão,
pois sei a verdade e eles não,
Mas ao agir, só eles agem e eu não.

No meu sepulcro a bandeira de Minas,
A garra da Bahia - cachaça com limão.
vou ter inveja. Eles vao beber ?- claro que vão!
Eu vou morrer... e os ébrios não.

terça-feira, 13 de março de 2012

felicidade

Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.


Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.

Se achar que precisa voltar, volte!

Se perceber que precisa seguir, siga!

Se estiver tudo errado, comece novamente.

Se estiver tudo certo, continue.

Se sentir saudades, mate-a.

Se perder um amor, não se perca!

Se o achar, segure-o!



Fernando Pessoa
DEnise barbosa

frase de vinicius de Moraes

A vida é a arte do encontro,


embora haja tantos desencontros pela vida



Vinícius de Moraes

Denise barbosa

Eu não existo sem vc

Eu não existo sem você




Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim

Que nada nesse mundo levará você de mim

Eu sei e você sabe que a distância não existe

Que todo grande amor

Só é bem grande se for triste

Por isso, meu amor

Não tenha medo de sofrer

Que todos os caminhos

Me encaminham pra você



Assim como o oceano

Só é belo com luar

Assim como a canção

Só tem razão se se cantar

Assim como uma nuvem

Só acontece se chover

Assim como o poeta

Só é grande se sofrer

Assim como viver

Sem ter amor não é viver

Não há você sem mim
Eu não existo sem você



Vinícius de Moraes

Denise barbosa de souza

Magias

                                                          

Os amigos retratos de parede
Não conseguem ficar por longo tempo abstratos

Ás vezes os seus olhos te fitam, obstinados
Porque eles nunca se desumanizam de todo.

Jamais te voltas para trás de repenta
Poderias pegá-las em flagrante
Não, não olhes nunca!
O melhor é cantares cantigas loucas e sem fim
Sem fim e sem sentido...
Dessas que a gente inventava para enganar a solidão dos caminhos sem lua.
Raquel e Márcia
escrito por Mario  Quintana

segunda-feira, 12 de março de 2012


Livros e flores

Teus olhos são meus livros.
Que livro há aí melhor,
Em que melhor se leia
A página do amor?

Flores me são teus lábios.
Onde há mais bela flor,
Em que melhor se beba
O bálsamo do amor?
Machado de Assis                                             Valdilha Alves

Hino à Morte - António Feijó

Hino à MorteTenho às vezes sentido o chocar dos teus ossos 
E o vento da tua asa os meus lábios roçar; 
Mas da tua presença o rasto de destroços 
Nunca de susto fez meu coração parar. 

Nunca, espanto ou receio, ao meu ânimo trouxe 
Esse aspecto de horror com que tudo apavoras, 
Nas tuas mãos erguendo a inexorável Fouce 
E a ampulheta em que vais pulverizando as horas. 

Sei que andas, como sombra, a seguir os meus 
                                                                   [passos, 
Tão próxima de mim que te respiro o alento, 
— Prestes como uma noiva a estreitar-me em teus 
                                                                   [braços, 
E a arrastar-me contigo ao teu leito sangrento... 

Que importa? Do teu seio a noite que amedronta, 
Para mim não é mais que o refluxo da Vida, 
Noite da noite, donde esplêndida desponta 
A aurora espiritual da Terra Prometida. 

A Alma volta à Luz; sai desse hiato de sombra, 
Como o insecto da larva. A Morte que me aterra, 
Essa que tanta vez o meu ânimo assombra, 
Não és tu, com a paz do teu oásis te terra! 

Quantas vezes, na angústia, o sofrimento invoca 
O teu suave dormir sob a leiva de flores!... 
A Morte, que sem dó me tortura e sufoca, 
É outra, — essa que em nós cava sulcos de dores. 

Morte que, sem piedade, uma a uma arrebata, 
Como um tufão que passa, as nossas afeições, 
E, deixando-nos sós, lentamente nos mata, 
Abrindo-lhes a cova em nossos corações. 

Parêntesis de sombra entre o poente e a alvorada, 
Morrer é ter vivido, é renascer... O horror 
Da Morte, o horror que gera a consciência do Nada, 
Quem vive é que lhe sente o aflitivo travor. 

Sangue do nosso sangue, almas que estremecemos, 
Seres que um grande afecto à nossa vida enlaça, 
— Somos nós que a sua morte implacável sofremos, 
É em nós, é em nós que a sua morte se passa! 

Só então, da tua asa a sombra formidável, 
Anjo negro da Morte! aos meus olhos parece 
Uma noite sem fim, uma noite insondável, 
Noite de soledade em que nunca amanhece... 

Só então, sucumbindo à dor que me fulmina, 
A mim mesmo pergunto, entre espanto e receio, 
Se a tua asa não é dum Anjo de rapina, 
Se eu poderei em paz repoisar no teu seio! 

Inflexível e cego, o poder do teu ceptro 
Só então me desvaira em cruel agonia, 
Ao ver com que presteza ele faz um espectro 
De alguém, que há pouco ainda, ao pé de nós sorria. 

Mas se nessa tortura, exausto o pensamento, 
Para ti, face a face, ergo os olhos contrito, 
Passa diante de mim, como um deslumbramento 
Constelando o teu manto, a visão do Infinito. 

E de novo, ao sair dessa angústia demente, 
Sinto bem que tu és, para toda a amargura, 
A Eutanásia serena em cujo olhar clemente 
Arde a chama em que toda a escória se depura. 

É pela tua mão, feito um rasgão na treva, 
Que a Alma se liberta, e de esplendor vestida 
— Borboleta celeste, ébria de Deus, — se eleva 
Para a luz imortal, Luz do Amor, Luz da Vida! 

António Feijó, in 'Sol de Inverno'

Postado por: Maicon M. MAtos
Madrugada

no silêncio da madrugada
momentos são relembrados
aqueles bons que vivemos
jamais serão apagados

as besteiras que cometi
prometo não repeti-las
sempre vou proseguir
evitando sempre mentiras


Autor: Rafael Mendes

UNEB- Universidade do Estado da Bahia



DCHT- Campus XVI

 

TURMA- Letras 2011.2



DISCIPLINA- Leitura e Produção do Texto



DOCENTE- Robério Barreto



DISCENTE- Rafael Mendes





























                                   A ARTE DE ESCREVER











































                                             Irecê 2012





 Shopenhauer, Arthur, 1788-1860

A arte de escrever/ Arthur Shopenhauer; tradução, organização,

Prefácio e notas de Pedro Sussekind.   –Porto Alegre : L&PM,2009

176p.



A arte de escrever

O livro a arte de escrever faz parte de uma coletânea de cinco escritos. Sobre a erudição e os eruditos, apresentam conhecimento vasto adquirido através da leitura. O nível do saber é elevado, no entanto, são incapazes de pensar por si, baseando suas idéias em pensamentos alheios. Para imensa maioria dos eruditos, sua ciência é um meio e não um fim, desse modo, nunca chegará a realizar nada de grandioso, pois não tem o saber como meta. Segundo Shopenhauer, “a peruca é o símbolo mais apropriado para o erudito puro, trata-se de homens que a cabeça com uma rica massa de cabelo alheio por que carecem de cabelos próprios”. Na erudição necessitam de pensamentos de outras pessoas. Um fato que todos eles estão de acordo é o de não deixar que se desenvolva uma cabeça com pensamentos avançados, que isso causaria um risco a todos.

Pensar por si mesmo é fundamental, visto que, por meio do pensamento próprio e das experiências vividas se obtém o conceito sobre verdade. Pessoas que passam a sua vida inteira lendo e tira sua sabedoria dos livros, elas podem oferecer várias informações, mas no fundo não dispõem de nenhum conhecimento coerente. O sinal característico do pensar por si mesmo é espontaneidade de expressar idéias, o filósofo livresco relata o que um disse, o que aquele considerou, o que outro objetivou, ele junta essas informações e procura chegar a verdade por trás das coisas, enquanto o pensador autêntico desenvolve informações com o seu raciocínio natural que o coloca acima dos outros mencionados. Deve sempre haver o cuidado de não se perder a noção do mundo real enquanto realiza a leitura.

Sobre a escrita e o estilo há dois tipos de escritores, aqueles que escrevem em função do assunto e os que escrevem por escrever. O primeiro pensa para exercer a atividade de escritor, já o segundo tipo se preocupa apenas em encher o papel e enganar o leitor com textos longos que não deixa claro qual a idéia quer passar ao leitor. Pode se identificar três tipos de autores, em primeiro lugar aqueles que escrevem sem pensar, a partir de livros alheios. Em segundo lugar há os que pensam enquanto escrevem, eles pensam justamente para escrever. Em terceiro lugar são os que pensaram antes de pôr a escrever esse são raros. É importante se compreender que na escrita de um livro encontra-se a matéria e forma, a primeira é o assunto a ser desenvolvido e a segunda é o método pelo qual se desenvolve o assunto. Por tanto, um livro com a mesma matéria pode ter formas diferentes sendo escrito por pessoas distintas.

Na leitura e nos livros, as pessoas sempre buscam ler o que há de mais novo, esse fato se torna essencial para o autor que tem o propósito apenas de ganhar dinheiro com publicações atuais que são do interesse da maioria. É importante que todo livro interessante seja lido duas vezes, em partes pelo fato de ser melhor compreendido da segunda vez, e o início é entendido corretamente quando se conhece o final.

A leitura de obras clássicas causa um alívio na alma, isso devido ao fato de que sobreviveram há milênios sem perder o seu valor. A linguagem e as palavras são materiais duradouros, se um poeta deu forma a uma sensação passageira com palavras adequadas, essa sensação sobrevive durante séculos nessas palavras e renova-se a cada vez que o leitor receptivo ler novamente. Poemas não podem ser traduzidos, mas pode ser recriado. No aprendizado de uma língua estrangeira forma-se novos conceitos para dar sentido aos signos, por isso é correto que a língua seja aumentada no mesmo passo que aumenta os conceitos.





 postado por: Rafael Mendes