UNEB – DCHT – CAMPUS XVI
Letras 1° semestre 2011.2
Docente: Robério Barreto.
Discentes: Ana Carla, Andréia, Denise, Érica, Gersica e Jaqueline.
O que se deve levar em consideração para narrar uma história de vida?
Segundo Momberger “a vida contada não é a vida.”(Pg. 95) Um fato contado não é descrito com total fidelidade, já que precisamos vivenciá-lo para que saibamos como aconteceu com perfeita definição. Um biógrafo tanta reproduzir a vida de um indivíduo na escrita. Ele tenta, mas o que ele conta nunca vai ser pleno. Ele não vivenciou aqueles fatos, de forma que conseguirá apenas contar a vida de alguém segundo outro alguém.
A formação de um indivíduo depende dele, já que o mesmo está se possibilitando a receber o conhecimento. A sua vida será narrada a partir de experiências vivenciadas no decorrer da sua existência. Experiências essas que podem ser acadêmicas ou sociais. E se diferenciam pela forma de aprendizagem. Na escola, ele aprende para praticar e na sociedade ele pratica para aprender.
A partir do acesso que o biógrafo tem dessas experiências é que ele começa a tentativa de reprodução dos fatos. De acordo com o texto de Cristine Delory-Momberger, “o reconhecimento biográfico traduz-se por um forte estímulo às pessoas em formação a fazerem um trabalho reflexivo sobre elas mesmas”.(Pg. 89)
O ponto principal para contar uma história e o sujeito dessa história é a linguagem, porque é através dela que transmitimos os fatos de nossas vidas.
Quem dá vida para essa “história de vida” é a narrativa. Ela dá forma ao vivido e para as experiências do homem. Sem a narrativa é inexistente a ordenação dos fatos ocorridos, já que ela reúne, organiza e tematiza os acontecimentos, mesmo que essa não seja fiel. A forma como é narrada é que diferencia.
Devemos entender que narrar uma história de si é levar em consideração que ela sempre estará em processo, ou seja, se a vida continua com acontecimentos diferentes, a história deve acompanha-los.
Portanto, não basta dizer quem é, pois o ser sempre estará se renovando. Então como diz Delory: “o sujeito não cessa de se instituir como sujeito. Ele é o objeto incessante se sua própria constituição”(Pg. 99).
Poxa, professor nenhum comentário?
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