segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Resenha sobre Luanda: Violência e Escrita



UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS (DCHT)
CAMPUS XVI- IRECÊ
CURSO DE LETRAS








RESENHA SOBRE LUANDA: VIOLÊNCIA E ESCRITA



Resenha solicitada pelo professor Orlando Freire, como requisito de avaliação da disciplina Tradição e Ruptura em Literaturas de Língua Portuguesa.

 







Aluno: Rafael Mendes[1]







IRECÊ, agosto de 2012


MACÊDO, Tania. Luanda: violência e escrita. In: CHAVES, Rita; MACÊDO, Tania (org.). Marcas da diferença: as literaturas africanas de língua portuguesa- São Paulo: Alameda, 2006.

Biografia da Autora:
Tania Celestina Macêdo concluiu o doutorado em Letras pela Universidade de São Paulo em 1990. Aposentou-se pela UNESP-Campus de Assis. Atualmente e professora titular onde leciona Literaturas Africanas de Língua Portuguesa. É diretora do Centro de Estudos Africanos da USP e Secretária-Geral do Instituto Casa das Áfricas. Publicou 13 artigos em periódicos especializados e 24 trabalhos e anais de eventos. Possui 15 capítulos de livros e 7 livros publicados. Possui 57 itens de produção técnica. Participou de 14 eventos no exterior e 52 no Brasil.

Luanda: violência e escrita tem como principais pontos em questão o processo de colonização, e o surgimento da literatura angolana que acontece em Luanda e mostra exemplos de obras dos autores deste local.
O texto evidencia os contrastes de Luanda, que a princípio quando visitada por turistas, os mesmos não conseguem perceber as diferenças existentes neste local. Após a independência, começaram fazer construções modernas que demonstram o lado exuberante da cidade e belezas naturais que a possui. Contrapondo a visão anterior, é destacada uma realidade que retrata o grande número de crianças na rua, em meio aos carros de luxo e casas bem estruturadas. Também neste sentido as favelas crescem em locais irregulares onde não há condições básicas de saneamento, aumentando a incidência de doenças.
 E meio a essas diferenças é importante ressaltar que Luanda por possuir cerca de um terço da população angolana e sediar os principais meios de comunicação tanto escritos como também visuais e sonoros, é considerada o centro literário de Angola. Torna-se visível que a literatura de um determinado local evolui de acordo com imaginário sobre as cidades, o texto traz o exemplo do Brasil que teve inicialmente Salvador depois Ouro Preto e em seguida Rio de Janeiro como principais berços literários do país. Luanda consegue manter-se como principal cidade literária de Angola por nela encontrar-se os principais jornais que circulam por todo o país.
Quanto às expressões adversas, os autores angolanos começam a se manifestar a respeito da denominação “baixo”, que representa a cidade dos brancos e “musseque”, local dos negros, por meio de obras que relatam as diferenças. É aceitável que a construção do messeque literário é destinada às pessoas deste cotidiano a fim de aproximar da realidade que foi o colonialismo no processo histórico. Os autores da literatura angolana passam registrar através dos livros, as situações humilhantes que passavam os colonizados. Também é feita uma comparação entre as obras “náuseas” de Agostinho Neto e “o elevador“ de João Melo (2001). Os autores representam de formas opostas o mesmo tema em questão.
O estudo da literatura africana dos países de língua portuguesa estabelece grande importância para o conhecimento amplo sobre língua que falamos. É um fator a ser aprofundado por ser algo convivente na sociedade e para que possa se entender dialetos provenientes das línguas africanas que foram fixados na língua portuguesa. O texto referido a Luanda nos traz relatos das condições a que os colonizados foram submetidos, e evidencia o motivo pelo qual ela é considerada o berço da literatura angolana.
O texto sobre Luanda: violência e escrita, propícia o entendimento sobre o processo histórico da colonização, além do surgimento da literatura em angola. É aconselhável a leitura para todos que têm interesse em ampliar seus conhecimentos literários e sociais.



[1]Acadêmico do segundo período do curso de Letras da Universidade do Estado da Bahia.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

DIÁRIO DOS ESCOMBROS: O HOLOCAUSTO NA VISÃO DA MENINA JUDIA ANNE FRANK.



FRANK, Anne, 1929-1945. O diário de Anne Frank: edição integral/ Anne Frank; tradução de Ivanir Alves Calado. – 25ª edição. – Rio de Janeiro: Record, 2008. 352p.

“O diário de Anne Frank” é uma obra não fictícia escrita por uma menina alemã-judia de 13 anos, durante a Segunda Grande Guerra. Escrito por Annelies Marie Frank (Anne Frank), revista por Otto Frank (seu pai), organizada por Mirjam Presler e traduzida do alemão para o português por Ivanir Alves Calado, a edição da Record tem formato de diário e possui 352 páginas, sem divisões por capítulo.
Escrito no período de 12 de junho de 1942 a 1º de agosto de 1944, a obra documenta o pequeno período de vida da autora, a convivência com seus parentes mais próximos e alguns amigos, escondida dentro do porão ou anexo (acima da fábrica de temperos caseiros, onde antigamente seu pai trabalhara), que lhes servira por casa durante dois anos, enquanto fugiam do terrível regime nazista. O regime comandado por Hitler, que roubava, prendia, torturava e até matava judeus, negros, homossexuais ou qualquer pessoa que agia contrariamente a seus ideais lunáticos.
A obra de Frank é escrita toda em 1ª pessoa, ela dialoga com o seu próprio diário (o qual ela intitula de Kitty). Tem por objetivo inicial compartilhar seus sentimentos, angústias e pequenas alegrias ao seu diário. E após ouvir numa transmissão radiofônica o incentivo da escrita de relatos e eventos relacionados à Guerra, Anne Frank começa a escrevê-la na intenção de publicá-lo, já que ser escritora era um dos seus grandes anseios.
Umas das marcas da autora é seu estilo irônico em suas declarações espontâneas. Descreve a maneira bem subjetiva o seu relacionamento conturbado com a mãe e amoroso com o seu pai. Anne transforma sua triste realidade em palavras. No decorrer do livro em diversos relatos, descreve o horror de ver ou ouvir bombardeios de prédios próximos de si, aviões caindo, incêndios e tiroteios nas ruas, além das notícias em sua maioria ruins, trazidas pela rádio e das quatro pessoas que os ajudavam a permanecer escondidos, são eles: A ex-secretária do pai de Anne que ainda trabalhava na fábrica, o que facilitava seu disfarce. Um casal de amigos dos Frank e ainda outro senhor amigo da família.
Em meio à tensão constante, o pavor de que o anexo seja descoberto e as ameaças que a cada dia se tornavam mais próximas dos moradores do anexo, Anne mantinha uma esperança única e compartilhava de momentos de intensa alegria. Ainda em meio de todo esse cenário, a personagem principal desfrutava de um romance com um dos moradores do esconderijo, Peter van Daan que tinha três anos a mais que Anne e juntos, proporcionam belas páginas escritas da obra.
A marca do tempo do texto é bem definida. A linha cronológica é seguida à risca. Durante os dois anos em que esteve escondida, Anne escreveu em intervalos curtos, quando não todos os dias, as datas dos textos do diário estão entre dois e quatro dias e sempre seguindo o tempo crescente do ano. Não é apresentado flash black entre os textos. O modo de narrativa é em tempo presente. Quando o esconderijo foi descoberto pelos nazistas e os moradores foram abruptamente levados para o campo de concentração (Bergen-Belsen) para judeus, Anne que nem mesmo completara dezesseis anos, não pode concluir seus escritos. Ficando no ar uma interrogação: O que teria acontecido com Anne, seus amigos e parentes?
Nos últimos cinquenta anos, “O diário de Anne Frank” tem sido utilizado como inspiração para jovens desejosos por liberdade. Suas palavras ajudam a refletir atitudes impensáveis de seres humanos com obscuros delírios semelhantes aos de Hitler. O texto escrito em formato de diário não é um gênero muito utilizado em meios acadêmicos, embora seja conhecido de quase todos e de vários escritores com cânone terem escrito textos nesse formato. Obedientes ao calendário presente fugaz de cada dia, o diário íntimo pode ser de grande interesse literário, pois em seu ponto de vista é o mais relevante.
 “O Diário de Anne Frank” se torna um documento literário por retratar os crimes nazistas que ocorreram na mesma época em que o diário estava sendo escrito. Anne se tornou ‘‘a vítima mais conhecida de Hitler.” (MÜLLER, Record 2007, p.11) por meio de um texto envolvente, nos faz refletir o porque de tantos seres humanos serem tão ruins até mesmo com pessoas iguais a elas, como a própria autora escreve num dos trechos mais lúcidos de sua condição de vítima do Holocausto: “Excelentes espécimes de humanidade, esses alemães, e pensar que na verdade sou um deles! Não, isso não é verdade, Hitler retirou nossa nacionalidade há muito tempo. E além disso não há maiores inimigos na terra do que alemães e judeus.” (p.65), isso dito pela menina alemã que perdeu sua nacionalidade no Holocausto.

Ana Carla Alves, Érica de Souza e Denise Barbosa.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O sorriso da estrela

De acordo com a analise do conto "o sorriso da estrela" percebi que ele serve de lição para muitas pessoas que se sentem superiores aos outros só porque possui algumas "coisinhas" a mais e por isso, menosprezam os demais tratando os com indiferença,  portanto para que tenha mais justiça no mundo devemos colaborar tratando todos com IGUALDADE SOCIAL, pois ninguém é melhor que ninguém, todos nós somos iguais perante os olhos do criador, e só ele tem o direito de julgar as pessoas sem desprezar os seus filhos amados por isso, caros discentes eu peço que voçês reflitam sobre isso e de hoje em diante vivam mais, amam mais e deixam de lado a arrogância porque a vida é curta e o nosso futuro está nas mãos de Deus.

Márcia Gama Conceição